O teatro no circo brasileiro – Estudo de caso: circo-teatro pavilhão Arethuzza

ANDRADE, José Carlos dos Santos. O teatro no circo brasileiro – Estudo de caso: circo-teatro pavilhão Arethuzza. Tese (Doutorado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2010.

Palavras-chave: Circo teatro, Panorama histórico, Pavilhão Aretuzza.

Resumo: O tema de O circo teatro – Um estudo de caso: o Pavilhão Aretuzza é o circo-teatro e tem foco nas atividades do Circo Pavilhão Arethuzza, desde seu surgimento no século XIX, até o encerramento de suas atividades em 1964. A pesquisa aborda um panorama histórico das primeiras manifestações circenses e teatrais em terras brasileiras. Apresenta os fatores responsáveis pela união do circo com o teatro, incluindo a gripe espanhola de 1918, que deram origem ao novo gênero. Enfatiza a entrada do circo para o teatro, observando este momento pelo ângulo espacial e de como o palco, nos moldes italianos, instalou-se debaixo da tenda circense. Investiga a estética teatral circense de quando o espetáculo teatral passou a fazer parte das atrações circenses. Analisa os diversos gêneros desse período, incluindo o melodrama, que caiu no gosto do público. Mostra ainda como as personagens foram divididas em tipos, tomando como base o físico e temperamento dos atores. Cenografia, figurinos, música e ensaios são aspectos detalhados ao longo do trabalho. A tese aprofunda estudos na trajetória e no encontro das famílias Viana, Santoro e Neves, que em pouco tempo se tornaram a companhia mais bem sucedida nas apresentações de circo-teatro, com destaque na qualidade de suas montagens e agindo como difusora da cultura teatral em nosso país. O estudo mostra que o circo-teatro, além de contribuir com uma estética própria, constituiu-se durante muitos anos em um dos mais importantes veículos de difusão da arte teatral em praças não alcançadas pelas companhias convencionais de teatro, radicadas nas grandes cidades.

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Tempo de jejuar e resistir: a presença do kung-fu no treinamento do ator : a experiência extracotidiana no teatro vocacional em proposição épica

OLIVEIRA, Juliana Rocha de. Tempo de jejuar e resistir: a presença do kung-fu no treinamento do ator : a experiência extracotidiana no teatro vocacional em proposição épica.  Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual Paulista, 2010.

Palavras-chave: Kung-fu, Teatro, Representação teatral, Expressão corporal (Teatro), Teatro vocacional, Treinamento corporal, Pedagogia teatral.

Resumo: Esta pesquisa surgiu da necessidade de registrar, organizar, sistematizar e relacionar os conhecimentos adquiridos em minha formação de atriz, professora de teatro e artista marcial, no intuito de melhor explorar o processo de criação teatral, utilizando técnicas marciais orientais. Aproximando as duas artes: teatral e marcial – kung fu, termo que além de designar uma arte marcial de origem chinesa possui outros significados como, por exemplo, capacidade de aguentar jejum e resistir, vislumbrei desenvolver, com os envolvidos no processo, potencialidades e habilidades, que foram vivenciadas na preparação corporal destes como atores, iniciando pelo treinamento para se chegar ao ensaio e por fim o espetáculo, promovendo de forma prática o aprimoramento do autoconhecimento e de suas relações com o outro e com o espaço, proporcionando um maior domínio do corpo, que se tornou mais expressivo para a criação cênica. Por buscar orientar os processos de trabalho teatral, de modo a tornar a experiência com teatro um meio socializador, fundamentado no principal postulado brechtiano, em que educar e divertir se apresentam essenciais à experiência com os jovens, considerando o contexto aqui abordado, o eixo dessa proposta leva em conta a abordagem práxica do teatro épico, sistematizado por Bertolt Brecht, sobretudo a partir de meados da década de 1920, quando o dramaturgo alemão passa a dedicar-se à criação das peças didáticas. Por meio dessas ideias e das práticas vivenciadas, algumas perguntas surgiram. Por que e como se apropriar de duas artes aparentemente distintas: kung fu e teatro, a fim de possibilitar uma melhor expressão do corpo? Como essas duas artes poderiam interagir, dando origem a um treinamento utilizado em um grupo de teatro? O que há nessa técnica oriental, que mobiliza e contribui para

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Raizes da teatralidade na dança cenica : recortes de uma tendencia paulistana

GERALDI,  Sílvia Maria. Raízes da teatralidade na dança cênica: recortes de uma tendência paulistana. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, 2018.

Palavras-chave: Dança cênica, Teatralidade, Dança – História, Dança contemporânea, Coreógrafas – Biografia.

Resumo: Essa pesquisa teve como finalidades principais: a reconstituição e registro documental da produção realizada pelas coreógrafas paulistanas Célia Gouvêa e Sônia Mota durante as décadas de 70 e 80; a apreciação dessa produção de modo a refletir sobre as raízes da teatralidade na dança cênica do período. A fim de alcançar-se uma compreensão das vias de teatralização utilizadas por cada artista, buscou-se reconhecer em seus espetáculos quais foram os modos de gestão da corporeidade dançante, as principais estratégias coreográficas empregadas e como foram manipulados os diferentes materiais cênicos. O recorte contextual escolhido para esse estudo vai de 1974 a 1993, demarcando dois momentos emblemáticos para a dança paulistana: a fundação do Teatro Galpão de São Paulo em dezembro de 1974; e a criação do MTD – Movimento Teatro-Dança 90 em 1993. A abordagem metodológica adotada foi de cunho qualitativo, valendo-se de depoimentos pessoais das coreógrafas e da reunião de documentos históricos de diversas espécies para realização das análises. Durante o processo de trabalho, buscou-se forjar instrumentos adequados à sistematização dos dados da pesquisa, resultando na elaboração de três categorias de análise: corpo cênico, princípios estruturais, estruturação da linguagem. A partir da definição de tais categorias, pôde-se realizar a apreciação da produção individual de cada criadora, bem como um estudo final comparativo de seus modos de produção cênicos, buscando-se capturar elementos elucidativos das tendências teatralizantes presentes nas danças de Célia Gouvêa e Sônia Mota.

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Os Trapalhões no reino da Academia : revista, rádio e circo na poética trapalhônica

CARRICO, André. Os Trapalhões no reino da Academia: revista, rádio e circo na poética trapalhônica. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, 2013.

Palavras-chave: Comédia, Teatro de revista, Rádio – Humor, sátira, etc., Circo, Palhaços.

Resumo: O principal objetivo da tese Os Trapalhões no Reino da Academia: Revista, Rádio e Circo na poética trapalhônica é analisar as raízes da formação do ator cômico brasileiro a partir de três tradições da cena nacional, presentes na poética do grupo cômico Os Trapalhões: o Teatro de Revista (Mussum), o Humorismo Radiofônico (Zacarias) e o Circo (Dedé e Didi). Para isso, localizamos os elementos dessas vertentes nos personagens-tipo desse grupo por meio do registro cênico em sua obra cinematográfica e televisiva. O projeto trapalhônico nos permitiu apontar a permanência de procedimentos universais de tradição popular, aportados pela formação desses cômicos, e a clareza na transmissão de princípios cênicos de artistas que os antecederam. Alicerçados por esses saberes, Os Trapalhões naturalizaram a figura do palhaço e souberam conjugar as potencialidades individuais de cada integrante do grupo, misturando e atualizando códigos e configurando uma poética reveladora da vitalidade de nossas escolas cômicas.

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Lugar (In) Comum: a parceria de Flávio Império e Fauzi Arap em Pano de Boca

BARALDI, Paula de Lima. Lugar (In) Comum: a parceria de Flávio Império e Fauzi Arap em Pano de Boca. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2015.

Palavras-chave: Fauzi Arap, figurino, Flávio Império, teatro brasileiro, vida e arte. 

Resumo: A presente dissertação discorre a respeito da parceria do cenógrafo-figurinista-artista visual Flávio Império com o diretor-dramaturgo Fauzi Arap em Pano de Boca, primeira peça escrita por este, com foco na montagem de 1976, realizada no Teatro Treze de Maio, em São Paulo. O texto, dividido em três planos, apresenta no primeiro duas personagens-personagens, criadas por um autor invisível e que dialogam com a platéia, sem o uso da “quarta parede”, no segundo, uma atriz que questiona as fronteiras entre a vida e a arte e, no terceiro, um grupo teatral que decide o futuro de sua trupe, trancado, no plano ficcional, dentro de um teatro abandonado. À luz de textos de Foucault, Nise da Silveira, Pirandello, Chevalier e de textos e obras de Fauzi e Flávio, a dissertação aborda sincronicidades e busca similitudes entre o plano ficcional de Pano de Boca e a realidade do teatro paulistano dos anos 1970, além de pôr em cena os lendários teatros Arena e Oficina, e o show Opinião.

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Intervenção urbana, São Paulo (1978-1982): o espaço da cidade e os coletivos de arte independente. Viajou sem passaporte e 3Nós3

BERTUCCI, Patrícia Morales. Intervenção urbana, São Paulo (1978-1982): o espaço da cidade e os coletivos de arte independente. Viajou sem passaporte e 3Nós3. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2015.

Resumo: Este trabalho trata das intervenções urbanas dos coletivos de arte independente como contraposição ao espaço produzido na cidade de São Paulo durante os anos da ditadura militar (1964-1985); com foco nos grupos Viajou Sem Passaporte e 3Nós3, em atuação da segunda metade da década de 1970 à primeira metade da década de 1980. Para tanto, suas intervenções são consideradas como disrupções estético-políticas, capazes de provocar desvios e inspirar outras formas de vida cotidiana, durante um importante momento de transição política: de um regime militar para a democracia.

Link: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-14012016-104059/pt-br.php

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Por um Teatro do Devir: a criação em processo no diálogo da Trupe Motim com o Teatro de Tadeusz Kantor

FONSECA, José Flávio Gonçalves da. Por um Teatro do Devir: a criação em processo no diálogo da Trupe Motim com o Teatro de Tadeusz Kantor. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal do Ceará, 2016.

Palavras-chave: Kantor, Tadeusz, 1915-1990 – Crítica e interpretação, Teatro experimental – Polônia, Teatro experimental – Quixeré (CE)
Trupe Motim (Grupo teatral).

Resumo: A seguinte dissertação se apresenta enquanto um registro de um rastro de passagem em uma experimentação que se dá no âmbito da processualidade na criação cênica. A investigação aqui proposta parte do diálogo traçado entre o Teatro do artista Polonês Tadeusz Kantor e o coletivo de artistas da cidade de Quixeré, Ceará, denominado Trupe Motim. Para tanto este diálogo se efetivou a partir da percepção à respeito do caráter processual presente na poética de Tadeusz Kantor que serviu enquanto disparo para a realização de um trabalho de criação junto à Trupe Motim. No percurso do processo de pesquisa, problematizou-se o ato de ensaiar, trazendo enquanto discussão este como método de pesquisa, tensionando a relação da pesquisa em arte, ou seja, o próprio processo enquanto método de pesquisa em contraponto aos métodos da pesquisa clássica. Desse modo, o percurso traçado neste trabalho, tem como questão a relação da arte em seu aspecto autorreferencial, trazendo para a discussão, a dinâmica dos fluxos molar e molecular, a partir do referencial da filosofia de Deleuze & Gattari. Desta forma, o experimento efetuado se dá na perspectiva do jogo entre os fluxos molar e molecular, uma vez que questiona a ideia de obra de arte acabada e busca trabalhar na ideia de uma obra que se realiza em seu aspecto processual e nesse sentido, se abre para a realização cênica enquanto uma construção em devir. Estes aspectos acima descritos se mostram inclusive na própria apresentação desta dissertação que joga com a quebra da normatização, uma vez que propõe uma leitura que se estabelece em meio às possibilidades do acaso, se dando, portanto, também em uma leitura em processo.

Link: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15856

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Incorrigíveis: teatro, festa e carnaval em uma poética pícara

CAMPOS, Alysson Lemos. Incorrigíveis: teatro, festa e carnaval em uma poética pícara. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal do Ceará, 2020.

Palavras-chave: Pícaros, Incorrigíveis, Carnaval, Festa, Teatro.

Resumo: A presente dissertação tem como objetivo lançar um olhar sobre os processos de criação do coletivo de teatro de rua Os Pícaros Incorrigíveis (Fortaleza/CE) desbravando os possíveis desdobramentos de uma poética pícara. A pesquisa tem como principal paisagem de investigação o espetáculo Devorando Heróis: a tragédia segundo os pícaros (2017), se configurando como um espaço de fértil elaboração dos pensamentos do Coletivo, sendo estes embebidos pela festa e pelo carnaval, elementos que configuram um arcabouço conceitual que atravessa as relações pícaras, incidindo desde as suas proposições estéticas, aos modos de convivência. Reconhecendo tratar-se de uma poética que está amparada em uma fronteira liminar entre a vida e o teatro que os integrantes se propõem a conceber a partir de uma visão de mundo carnavalizada. Os caminhos metodológicos percorridos assumem também uma natureza pícara, que em diálogo com o Coletivo alimenta a discussão a partir das mesas de bar que o grupo costuma habitar, celebrando, bebendo e devorando todas as referências que possam interessar na elaboração de uma poética que assim como os Pícaros se sustentam incorrigíveis.

Link: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51399

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Rasgos para um teatro comum

MOTA, Levy Galvão. Rasgos para um teatro comum. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal do Ceará, 2020.

Palavras-chave: Teatro, Política, Comum.

Resumo: Esta pesquisa reflete sobre o teatro como instância singularmente política das relações humanas, principalmente no que concerne à possibilidade que o teatro oferece para a partilha do comum, da ideia de comunidade, a partir de referências teóricas dos estudos teatrais e da filosofia política, tais como Chantal Mouffe, Giorgio Agamben, Hannah Arendt, Jean-Luc Nancy, Judith Butler, Jorge Dubatti e Denis Guenoun. O gesto enciclopédico deste trabalho, apresentado ao longo de doze verbetes, ou rasgos, não tem a intenção de operar conceituações definitivas, ao contrário, apenas apontar caminhos, abrir fendas de pensamento, numa metodologia experimental baseada nos seminários de Como viver junto, de Roland Barthes. Assim, esta dissertação não propõe a invenção de uma nova forma teatral, mas pretende evidenciar o caráter de práxis política do teatro e suas possibilidades de ação na contemporaneidade.

Link: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/50779

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Caminhares periféricos: nóis de teatro e a potência do caminhar no Teatro de Rua Contemporâneo

MONTEIRO, Altemar Gomes. Caminhares periféricos: nóis de teatro e a potência do caminhar no Teatro de Rua Contemporâneo. Dissertação (Mestrado em em Artes) – Universidade Federal do Ceará, 2017.

Palavras-chave: Performance artística, Fortaleza (Ce), Teatro de rua,  Periferia urbana,  Fortaleza (Ce),  O Jardim das Flores de Plástico [Peça teatral], Produção e montagem.

Resumo: A presente dissertação, inserida dentro dos estudos aplicados aos processos criativos do Tea-tro de Rua Contemporâneo, lança-se ao desafio de refletir sobre o processo de montagem e circulação de “O Jardim das Flores de Plástico / ato 3: Por baixo do saco preto”, espetáculo teatral montado pelo Grupo Nóis de Teatro, em Fortaleza, no primeiro semestre de 2015. A partir da experiência das caminhadas do grupo teatral na periferia urbana, seja no processo de montagem ou na própria lógica de encenação/dramaturgia proposta ao espectador, o estudo se pergunta sobre as possibilidades desse teatro feito na periferia da cidade na construção de situações poéticas que inflamem dissensos nas operações estratégicas de normatização das vidas e segregação dos espaços da urbe. Reconhecendo um teatro que se faz imanente no es-paço urbano, o que o caminhar como prática de espaço em fluxo oferece de potência reflexiva e criativa para o trabalho do artista que se lança a este desafio? A proposição do trabalho é, expandindo o campo de ação das Artes Cênicas, estimular o diálogo entre teatro e urbanismo, refletindo sobre o que o caminhar pelas periferias urbanas reconfigura, a partir do sensível, sobre a própria experiência de cidade.

Link: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/24251

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